Ricardo Nunes iniciou sua trajetória empreendedora muito cedo vendendo ursinhos de pelúcia em sua cidade natal, Divinópolis, interior mineiro. O tino para os negócios ele acredita que herdou do pai, um vendedor de bijuterias que faleceu quando Ricardo ainda era criança. A mãe tomou frente nos negócios e com ajuda do filho buscava mercadorias em São Paulo para revender em Minas. Com 18 anos, Nunes já tinha sua primeira loja.
Os ursinhos de pelúcia eram revendidos pelo dobro do preço em um espaço de 20 metros quadrados que a família montou graças a venda de um carro. Em pouco tempo, o pequeno empreendedor passou também a vender eletrodomésticos por um preço inferior ao da concorrência, pois o lucro da venda dos ursos compensava o prejuízo. A idéia deu certo e após nove meses Ricardo já havia aberto mais duas lojas.
A expansão e consolidação da rede Ricardo Eletro se deu de forma rápida em um mercado dominado pelas gigantes Casas Bahia e Magazine Luiza. O sucesso se deve principalmente a política comercial adotada pela rede, que consiste na oferta de preços baixos, mas com um volume de vendas maior. Assim, nas lojas da Ricardo Eletro, a preferência é ganhar menos e vender mais por unidade. “Ao invés de ganhar R$ 10 numa unidade, prefiro ganhar apenas R$ 1 e vender 20 mil pranchas de cabelo. Nosso conceito é diferente de todos os que existem hoje, por isso temos crescido e os consumidores têm percebido isso”, disse Nunes em entrevista ao portal de notícias Divicity.com.
Aliado a tática dos preços baixos, está o tratamento diferenciado oferecido ao público consumidor pelo próprio Ricardo que uma vez por semana trabalha como vendedor em uma de suas lojas. Segundo ele, não se pode perder as origens em nenhum momento, por isso, conversa, cumprimenta os clientes e até empacota mercadorias.
Quando o assunto é desconto, ele também entra em campo. Com três celulares no bolso, os gerentes de cada loja são orientados a ligar para ele na frente do cliente e negociar o preço do produto que melhor cabe no bolso do consumidor. A palavra de ordem é cobrir a oferta do concorrente.
Outra forma de ganhar prestígio é através da publicidade, investimento que a Ricardo Eletro não poupa em nenhum momento, pois acredita que no ramo varejista isso é fundamental. A aposta mais recente é o patrocínio no quadro Lar Doce Lar do programa Caldeirão do Huck, na Rede Globo. Em parceria com a maior empresa de comunicação do Brasil, a rede de lojas colabora na reforma das casas patrocinando seus eletrodomésticos e demais produtos. Em algumas exibições, é o próprio Ricardo Nunes quem aparece no programa anunciando a colaboração e mostrando uma de suas lojas da rede que leva seu nome.
Com um estilo arrojado de atuar no comércio a Ricardo Eletro ganhou espaço considerado no mercado eletrodoméstico e hoje conta com uma rede de mais de 290 lojas espalhada pelos estados brasileiros, e é a líder de vendas em Minas Gerais nesse setor. Seu crescimento é expresso nos faturamentos anuais que já passam a casa dos R$2 bilhões. Um exemplo do rápido desenvolvimento é a comparação do aumento de 2005 para 2006. No primeiro o faturamento foi de R$600 milhões enquanto no segundo o lucro subiu para R$850 milhões.
Hoje a rede de lojas que é a quarta maior cadeia de eletrodomésticos, eletrônicos e móveis e a terceira maior vendedora de TV’s plasma e LCD do Brasil vê suas vendas alavancarem ainda mais na internet, através do sitehttp://www.ricardoeletro.com.br que abrange o público consumidor nas cidades em que as lojas não estão presentes.
A frente do arrojado patrimônio juntamente com Ricardo está seu irmão mais novo Renato Nunes. A dupla que iniciou com uma minúscula loja no interior mineiro só pensa em aproveitar as oportunidades de mercado e dominar o restante do Brasil com os menores preços do ramo, pois como afirmou Ricardo para o divicity “onde houver uma cidade legal, estaremos lá”.
*As informações foram retiradas da versão online da Revista Exame, Isto É Dinheiro, do portal de notícias divicity.com, do blog estrategiaempresarial.worpress.com e do site www.ricardoeletro.com.br.
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