sábado, 20 de junho de 2009

Um diploma jogado fora??




Foi esse o primeiro pensamento que me veio a cabeça quando assiti o jornal e soube da fatídica decisão do STF quanto a não exigência do diploma de jornalismo.

Eu que já estava desanimada com o curso e as expectativas futuras, fiquei mais pra baixo ainda em pensar que já estou no meu terceiro ano de faculdade, pagando caro por um estudo que no final não vai ser reconhecido.

Dá uma tristeza imensa, uma vontade de jogar tudo pro alto e seguir outro caminho, mas eu sou o medo de mudança em pessoa e infelizmente não tenho coragem de atos bruscos.

Como que aqueles ministros acham que não se aprende nada em um curso superior de jornalismo? Técnicas e teorias importantíssimas para o exercício da profissão são adquiridas no banco de uma academia. Tudo bem que muita coisa se aprende na prática, mas é preciso estudo, leitura, conhecimentos básicos que fazem toda a diferença entre um jornalista formado e outro sem formação superior.

Não posso negar que existem ínumeros profissionais excelentes no ramo que nunca pisaram em uma escola de jornalismo, aprenderam na cara e na coragem o ofício, mas e aqueles que se dedicaram e estão se dedicando ao estudo?? Como é que ficam??

É simplesmente revoltante saber que o esforço e a dedicação não vão fazer a diferença no final.

Desde que a notícia saiu eu não paro de pensar em inúmeras possibilidades, mas acabei me decidindo pelo conselho que recebi da mamãe, de que já estou na reta final e que é melhor terminar. Pelo menos garanto um curso superior e já posso me arriscar em concursos públicos.

Isso pelo menos é garantia de estabilidade. Ficaria bem contente em ser aprovada em um com salário de no mínimo R$10 mil....hahahahahaha! Não seria nada mau.

Terminando a faculdade, ou eu parto para uma pós ou então tento outro curso, mas tenho que ser rápida já que um dos ministros ( não lembro qual) afirmou durante a sessão plenária que muitos outros cursos terão a exigência do diploma suspensa, pois somente cursos da área da saúde, que lidam com a vida humana é que mais precisam.

Infelizmente tenho pavor de sangue e passo longe de matérias que precisam decorar cada tendão do corpo humano.

Prefiro mil vezes as palavras do que qualquer outra coisa.

Aos meus colegas de sala de aula e aos estudantes de todo o Brasil, deixo explícita a minha revolta conjunta diante da situação.

Será que ainda há algo a fazer para reverter o quadro??? Fico feliz em ver as demonstrações de indignação em todos os cantos do país, inclusive nesta segunda-feira (22) em algumas cidades, acadêmicos estarão nas ruas protestando a decisão. No site da FENAJ é possível encontrar mais informações.

Um comentário:

impressões disse...

o fato da não exigencia legal do diploma não significa que ele não valha nada, muito pelo contrário é a prova concreta de uma boa qualificação profissional. empresas dignas de algum respeito e/ou prestígio compreendem este fato ou achas mesmo que diante de uma seleção o diploma simplesmente não sirva pra nada? eu tenho certeza que não, um bom desempenho acadêmico é fundamental como prova de qualificação, portanto, na prática pouco mudará, não desanimes ;]